quarta-feira, 4 de junho de 2014

Entrevista "exclusiva" com Gabriel Sater sobre suas influências e sobre seu novo CD indomável - Confira !

A família Sater, sabemos do seu grande talento para a música, iniciando com o mestre Almir Sater, Rodrigo Sater, Gisele Sater, esses 03, todos irmãos.

Agora quem vem se destacando e mostrando que o talento vem de sangue é Gabriel Sater.


Rodrigo Sater, Mariana de Barros, Paulinho Simões, Gabriel Sater, Guilherme Cruz e Gisele Sater. Foto: I Love MS


Além da beleza e talento que herdou do pai, ele também herdou a grande simpatia e humildade para com todos que cheguem até a ele.


Com esse seu jeito de moço educado do interior, vem conquistando inúmeros fãs pelos Brasil a fora, ainda mais com o papel que vem desempenhando na novela das 06hs da Rede Globo, Meu Pedacinho de Chão.

Gabriel Sater, com visual novo e CD novo “INDOMÁVEL” .


Foto/Facebook de Gabriel Sater

Entrevista Gabriel Sater

De onde surgiu a vontade de se tornar músico?

Nasci em uma família de músicos, desde pequeno assistia meu pai tocando em casa com seus parceiros, meu tio Rodrigo e minha tia Gisele, momentos que marcaram minha infância.  Quando tinha 15 anos, comecei a me interessar por violão e fui ter aulas com o Paulo Gê, depois com Antonio Porto em Campo Grande (MS).  Um tempo depois montei uma banda com Daniel Rondon e Daniel Cavalcanti, na qual tocávamos clássicos da música sul mato grossense, MPB e Blues.  Em 1998 fui fazer intercâmbio nos Estados Unidos por um ano e voltei no segundo semestre de 99, com muito mais interesse pela música. Ainda planejava prestar vestibular para publicidade e fazia cursinho para isso. Nesta época conheci o fantástico Cristiano Kotlinski e comecei a ter aulas com ele. Minha vontade de trabalhar com música cresceu tanto, que comecei a matar aulas do cursinho para estudar violão. No meio do ano de 2000 tive certeza, que queria seguir a carreira de músico. Conversei com meu pai e tive seu apoio, então passei a me dedicar integralmente a minha carreira e estudar com meu mestre Cristiano Kotlinski. Foi a melhor escolha que fiz na vida, embora seja muito difícil no começo.

Qual a influência do seu pai Almir Sater na sua carreira?

Diversas influências, tanto musicais quanto pessoais. Desde jovem acompanhava meu pai em seus shows e ficava encantado com a sua musicalidade, seriedade com sua arte e seus fãs. Falando como músico, sou um grande fã da obra dele, o que ele fez dentro do universo da viola é genial. Os valores e lições que ele me passou formaram uma base muito sólida na maneira como levo minha carreira e minha vida. Ao invés de me trazer o peixe, meu pai me deu uma vara e me ensinou a pescar.

Qual é a importância da cultura do Mato Grosso do Sul para sua música?

Minha música bebe diretamente da fonte musical Sul-Mato-Grossense. Cresci ouvindo os artistas que representam nossa música. Toquei com muitos artistas do MS, dos mais modernos aos mais tradicionais, o que me deu uma bagagem muito grande. A força rítmica e a latinidade são elementos muito fortes e presentes nas minhas composições e no meu jeito de tocar.

De onde vem sua inspiração para as composições e quais artistas são suas inspirações?

Minha inspiração para compor vem de diversas maneiras, após uma viagem, num encontro com meus parceiros, assistindo um filme, ouvindo um novo CD, andar a cavalo, ler um livro. Procuro passar o máximo de tempo possível compondo, estudando, arranjando novos temas. Amo o que faço e quanto mais em contato estou com meu instrumento, mais feliz e produtivo eu fico. A lista de artistas que me emocionam é imensa, pensando por cima: Meu pai, Milton Nascimento, Chico Buarque, Sá e Guarabyra, Gilberto Gil, Bach, Tom Jobim, Agustín Barrios, Pixinguinha, Astor Piazzolla, Egbero Gismonti, Duo Assad, Paco de Lucia, Pat Metheny, Djavan, Richard Bona, Renato Teixeira, Vicente Amigo, John MacLaughlin, Cristiano Kotlinski, Gisele Sater, Dino Rocha, Elpídio dos Santos, Luiz Gonzaga, Gonzaginha, Sting, Mark Knopfler, Tião Carreiro, Ernesto Nazareth, Cafrune e Marito, Beto Guedes, Ravi Shankar, Tavinho Moura, Marisa Monte, Lenine, Juanjo Dominguez, Raul Barboza, Paulo Simões, Geraldo Espíndola, Yamandú Costa, Herbie Hancock, John Mayer, Chico Pinheiro, nossa tem muitos artistas bons (risos)!!!


Como a música e os artistas da terra podem contribuir para trazer maior reconhecimento para Mato Grosso do Sul?

A música e os artistas da terra representam a identidade do Estado. A obrigação dos artistas é de produzir cada vez mais, um trabalho de alta qualidade e trabalhar para divulgar o máximo possível esta obra. O Mato Grosso do Sul tem uma identidade musical única no cenário nacional, com grandes compositores, que tem uma forma muito peculiar de compor, em ritmos ¾ e 6/8, nas letras e melodias que falam do nosso povo, dos costumes, das beleza naturais e de tantas outras temáticas interessantes. Para ajudar nesta divulgação o artista precisa de um apoio sério, com estratégia e visão de mercado para levar sua arte para todo país e mundo.

Você nasceu em São Paulo, mas foi criado no Mato Grosso do Sul. Como você define sua relação com o Estado de MS?

Uma relação de muito amor, respeito e agradecimento por tudo que aprendi e vivi. Tenho uma ligação eterna com MS. Morei por muito tempo em Campo Grande, vivi tantos momentos que me marcaram e absorvi muitos valores, quando passava temporadas no Pantanal, quando morei em Maracajú, que certamente tudo isso transparecerá para sempre em minha obra musical. No final de 2010, paralelamente aos shows de lançamento do meu CD “A Essência do Amanhecer”, comecei a desenvolver e arranjar meu show “Baile Noites Pantaneiras”, inspirado nos bailes que cresci ouvindo no MS, curiosamente o primeiro show que fiz foi na Fazenda São Francisco, no Pantanal em 2011. O repertório conta com clássicos da música sul matogrossense, latina, brasileira e composições próprias. A formação completa da banda nos shows é composta por com violões, acordeon, violino, harpa, viola, baixo e bateria/percussão. Os shows deste projeto tiveram uma receptividade excelente.

Quais são seus próximos planos na sua carreira musical?

Estou em constante elaboração dos próximos passos da minha carreira, vivo intensamente cada ciclo. Meu projeto mais imediato é o meu próximo CD. Aprovei o projeto de gravação e turnê deste próximo CD, intitulado “Indomável” pelo Proac Icms (SP) e estou em fase de gravação do CD, que tem a produção musical do Leandro Aguiari, meu grande parceiro que produziu meus outros 02 CDs. O repertório está todo definido e será um trabalho autoral, com parcerias com Luiz Carlos Sá, Fernando Brant, Daniel Rondon, Fernando D`Andréa, Alexandre Lemos, Leandro Aguiari e César Leite. A única regravação será o clássico “Vida Bela Vida”, de Guilherme Rondon e Paulo Simões em um novo arranjo. Não vejo a hora de lançar este novo CD que deve sair em abril de 2014. Tenho outros projetos já elaborados, mas meu foco agora é o CD “Indomável” e a produção do novo show. Aproveito para agradecer meus parceiros e apoiadores: Compensados Drabecki e Bravo Expeditions.

Qual é a sua opinião à respeito do desconhecimento e erros gerais na mídia sobre o Estado do Mato Grosso do Sul?

Acredito que todo o problema de desconhecimento e erro tem dois princípios básicos, a educação deficiente e o desinteresse na busca por informação relevante. A informação está aí, nos livros, professores, internet ... mas as pessoas tem que querer se informar e aprender. Não acho que esses erros são algo direcionado ao MS, algo pessoal, entende? A falta de cultura e educação é um problema brasileiro e por isso mesmo, atinge tudo, em todos os cantos do país.

Gabriel Sater no Show no Rio de Janeiro com a camiseta do I LOVE MS


O que você acha da proposta da marca "I Love MS". Uma marca preocupada em levar o nome do Estado, informações e orgulhosa de ser sul-mato-grossense?  Você usaria no seu dia a dia?


É muito importante ter uma marca que estimule o orgulho e que se preocupe com os valores da nossa terra. Eu uso um dos produtos da marca, um boné, que ganhei de presente ano passado, num show no RJ.


Se pudesse definir o Mato Grosso do Sul em uma palavra, qual seria?

Horizontes 






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