segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conheça história de Inocência

Nomeado de Inocência, o município de Mato Grosso do Sul passou a ter este nome somente em 1943, uma homenagem ao romance homônimo escrito por Alfredo de Escragnolle Taunay, conhecido como Visconde de Taunay. Antes de Inocência, o povoado da região foi chamado de Bocaina e de São Pedro. Conheça um pouco mais sobre a história do município e sobre o romance que inspirou a homenagem feita pela cidade.

Pórtico de Inocência. Foto: Marluce Garcia de Freitas.

Igreja Matriz do Senhor do Bom Jesus.
Foto: Vicente A. Queiroz.
Avenida Três Lagoas em Inocência.
Foto: Flickr / Marcus Belchior.
Segundo informações do site da Prefeitura de Inocência, a história da cidade foi marcada por dificuldades de comunicação e comercialização, pois a cidade se encontrava distante dos núcleos urbanos. Alguns moradores, então, tomaram a iniciativa de fundar um povoado com essa finalidade, em 1947. "Reuniram-se Juventino Campos, João Barbosa Ferreira, Symphrônio Júnior, José Maria Albino, Francisco Albino, Antônio Ferreira Leal, Lauriston, Amâncio Nepomuceno, Franklin Gomes da Silva, Pedro Paulo de Queiróz, Alexandre Batista Garcia, Júlio José dos Santos, Aurélio Valadão e outros, estabelecendo, na ocasião, as bases empreendimento".

Entre os destaques da cidade estavam terras adquiridas por moradores, um imóvel onde foi instalada a primeira escola, cuja professora foi Maria Aurora de Oliveira e a construção de uma Igreja Católica.

Em 17 de novembro de 1958, pela Lei Estadual nº 1129, Inocência é elevada à categoria de município, desmembrado de Paranaíba. Em 1977 o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.

Romance

Publicado em 1872, o livro retrata os costumes, pessoas e ambientes do município sul-mato-grossense de Inocência. O livro pode ser considerado regionalista já que valoriza os costumes do meio rural e as particularidades da natureza com algumas características nos personagens de pessoas destas regiões, como a hospitalidade, preservação de honra, casamento como acordo entre famílias, analfabetismo, comportamento vingativo, crendice e juramentos à santos.

A história tem um final trágico no estilo Romeu e Julieta e fala sobre uma jovem chamada Inocência e um rapaz chamado Cirino que se apaixonam quando o rapaz que se dizia médico curou a menina quando estava doente. Os dois se encontram escondidos, pois o pai de Inocência, Pereira era autoritário e exigia que a filha o obedecia.

No desenrolar da trama são mostradas as características regionalistas já citadas acima. Enquanto o rapaz vai procurar apoio de Antônio Cesário, Inocência apanha do pai ao se recusar a casar com Manecão. Após Pereira descobrir que a filha se encontrava escondida com o rapaz e que ele é um falso médico, Manecão sente raiva e mata Cirino. Sendo obrigada a casar com Manecão, Inocência morre de tristeza.




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