Segundo o Ibama, 84 animais brasileiros correm risco de desaparecer, mas a extinção pode ser evitada com projetos como o Arara-Azul, criado pela bióloga Neiva Duarte. Quando a pesquisa começou, existiam no Brasil pouco mais de 1,5 mil araras-azuis. Hoje a estimativa é que só no Pantanal elas sejam mais de cinco mil.
Bióloga Neiva Duarte
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Só em Mato Grosso do Sul, os biólogos do projeto monitoram 800 ninhos de arara-azul. O projeto atua também nos estados do Amazonas, Maranhão, Tocantins, Minas Gerais e na Bolívia e Paraguai.
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Em 23 anos de trabalho de campo, Neiva já formou quase 200 discípulos. Os pesquisadores retiram os filhotes do ninho, examinam, pesam, medem, coletam amostras do sangue e colocam uma anilha com um número de identidade na perna e um chip sob a pele de cada um. “Esse chip é como se fosse a certidão de nascimento dele. Se for capturado, a gente vai saber onde ele nasceu e quanto tempo viveu”, explica a bióloga.
Equipe Arara Azul - divulgação: internet
Cinquenta e quatro fazendeiros do Pantanal apóiam a pesquisa e os peões são os olheiros do projeto, avisando quando ninhos de arara são encontrados.
As araras escolhem sempre a mesma árvore para morar. Elas escavam os buracos com os bicos e adoram manduvis, espécie de madeira mais mole, fácil de escavar. Quando o tronco apodrece, os pesquisadores reformam os ninhos. Eles também usam tábuas para diminuir a abertura e evitar que predadores ataquem o local.
Ha mais de 15 anos, os pesquisadores instalaram em uma dessas árvores uma micro câmera pela primeira vez. As imagens encantaram o mundo acadêmico e mostraram que faltavam moradias na biodiversidade das árvores, por isso tucanos e filhotes de gaviões invadiam ninhos da espécie. A solução encontrada pelos pesquisadores foi instalar caixas para servir de ninho. Hoje, só em Mato Grosso do Sul já são 243 ninhos artificiais.
Ninho Artificial - divulgação: internet
Um comentário:
Que lindas essas araras
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