O ano de 2014
começou melhor do que podia para Gabriel Sater, com visual novo e CD novo “INDOMÁVEL”
para ser lançado.
Foto/Facebook de Gabriel Sater |
Porém não
é só isso, Gabriel também foi escalado para o elenco da novela de Benedito Ruy
Barbosa “Meu Pedacinho de Chão” a próxima das 18 horas e já está gravando a
todo vapor.
Meu Pedacinho de Chão. Reprodução: Globo |
Seu
personagem será um violeiro chamado “Viramundo” e fará Par Romântico com Cintia
Dicker “Milita”.
A novela
estreia no dia 07 de abril !
Vamos
prestigiar o nosso querido Gabriel nessa nova etapa em sua vida !!
Segue
abaixo um presente para vocês, uma entrevista concedida para nós do Blog I Love
MS feita em 2013.
Entrevista Gabriel Sater
De onde surgiu a vontade
de se tornar músico?
Nasci em uma
família de músicos, desde pequeno assistia meu pai tocando em casa com seus
parceiros, meu tio Rodrigo e minha tia Gisele, momentos que marcaram minha
infância. Quando tinha 15 anos, comecei
a me interessar por violão e fui ter aulas com o Paulo Gê, depois com Antonio
Porto em Campo Grande (MS). Um tempo
depois montei uma banda com Daniel Rondon e Daniel Cavalcanti, na qual
tocávamos clássicos da música sul mato grossense, MPB e Blues. Em 1998 fui fazer intercâmbio nos Estados
Unidos por um ano e voltei no segundo semestre de 99, com muito mais interesse
pela música. Ainda planejava prestar vestibular para publicidade e fazia
cursinho para isso. Nesta época conheci o fantástico Cristiano Kotlinski e
comecei a ter aulas com ele. Minha vontade de trabalhar com música cresceu tanto, que comecei
a matar aulas do cursinho para estudar violão. No meio do ano de 2000 tive
certeza, que queria seguir a carreira de músico. Conversei com meu pai e tive
seu apoio, então passei a me dedicar integralmente a minha carreira e estudar
com meu mestre Cristiano Kotlinski. Foi a melhor escolha que fiz na vida,
embora seja muito difícil no começo.
Qual a influência do seu
pai Almir Sater na sua carreira?
Diversas
influências, tanto musicais quanto pessoais. Desde jovem acompanhava meu pai em
seus shows e ficava encantado com a sua musicalidade, seriedade com sua arte e
seus fãs. Falando como músico, sou um grande fã da obra dele, o que ele fez
dentro do universo da viola é genial. Os valores e lições que ele me passou
formaram uma base muito sólida na maneira como levo minha carreira e minha
vida. Ao invés de me trazer o peixe, meu pai me deu uma vara e me ensinou a
pescar.
Qual é a importância da
cultura do Mato Grosso do Sul para sua música?
Minha
música bebe diretamente da fonte musical Sul-Mato-Grossense. Cresci ouvindo os
artistas que representam nossa música. Toquei com muitos artistas do MS, dos
mais modernos aos mais tradicionais, o que me deu uma bagagem muito grande. A
força rítmica e a latinidade são elementos muito fortes e presentes nas minhas
composições e no meu jeito de tocar.
De onde vem sua
inspiração para as composições e quais artistas são suas inspirações?
Minha inspiração para compor vem
de diversas maneiras, após uma viagem, num encontro com meus parceiros, assistindo
um filme, ouvindo um novo CD, andar a cavalo, ler um livro. Procuro passar o
máximo de tempo possível compondo, estudando, arranjando novos temas. Amo o que
faço e quanto mais em contato estou com meu instrumento, mais feliz e produtivo
eu fico. A lista de artistas que me emocionam é imensa, pensando por cima: Meu
pai, Milton Nascimento, Chico Buarque, Sá e Guarabyra, Gilberto Gil, Bach, Tom
Jobim, Agustín Barrios, Pixinguinha, Astor Piazzolla, Egbero Gismonti, Duo
Assad, Paco de Lucia, Pat Metheny, Djavan, Richard Bona, Renato Teixeira,
Vicente Amigo, John MacLaughlin, Cristiano Kotlinski, Gisele Sater, Dino Rocha,
Elpídio dos Santos, Luiz Gonzaga, Gonzaginha, Sting, Mark Knopfler, Tião
Carreiro, Ernesto Nazareth, Cafrune e Marito, Beto Guedes, Ravi Shankar,
Tavinho Moura, Marisa Monte, Lenine, Juanjo Dominguez, Raul Barboza, Paulo
Simões, Geraldo Espíndola, Yamandú Costa, Herbie Hancock, John Mayer, Chico
Pinheiro, nossa tem muitos artistas bons (risos)!!!
Como a música e os
artistas da terra podem contribuir para trazer maior reconhecimento para Mato
Grosso do Sul?
A música e
os artistas da terra representam a identidade do Estado. A obrigação dos artistas
é de produzir cada vez mais, um trabalho de alta qualidade e trabalhar para
divulgar o máximo possível esta obra. O Mato Grosso do Sul tem uma identidade
musical única no cenário nacional, com grandes compositores, que tem uma forma
muito peculiar de compor, em ritmos ¾ e 6/8, nas letras e melodias que falam do
nosso povo, dos costumes, das beleza naturais e de tantas outras temáticas
interessantes. Para ajudar nesta divulgação o artista precisa de um apoio
sério, com estratégia e visão de mercado para levar sua arte para todo país e
mundo.
Você nasceu em São Paulo,
mas foi criado no Mato Grosso do Sul. Como você define sua relação com o Estado
de MS?
Uma relação
de muito amor, respeito e agradecimento por tudo que aprendi e vivi. Tenho uma
ligação eterna com MS. Morei por muito tempo em Campo Grande, vivi tantos
momentos que me marcaram e absorvi muitos valores, quando passava temporadas no
Pantanal, quando morei em Maracajú, que certamente tudo isso transparecerá para
sempre em minha obra musical. No final de
2010, paralelamente aos shows de lançamento do meu CD “A Essência do
Amanhecer”, comecei a desenvolver e arranjar meu show “Baile Noites
Pantaneiras”, inspirado nos bailes que cresci ouvindo no MS, curiosamente o
primeiro show que fiz foi na Fazenda São Francisco, no Pantanal em 2011. O
repertório conta com clássicos da música sul matogrossense, latina, brasileira
e composições próprias. A formação completa da banda nos shows é composta por
com violões, acordeon, violino, harpa, viola, baixo e bateria/percussão. Os
shows deste projeto tiveram uma receptividade excelente.
Quais são seus próximos
planos na sua carreira musical?
Estou em
constante elaboração dos próximos passos da minha carreira, vivo intensamente
cada ciclo. Meu projeto mais imediato é o meu próximo CD. Aprovei o projeto de
gravação e turnê deste próximo CD, intitulado “Indomável” pelo Proac Icms (SP) e
estou em fase de gravação do CD, que tem a produção musical do Leandro Aguiari,
meu grande parceiro que produziu meus outros 02 CDs. O repertório está todo
definido e será um trabalho autoral, com parcerias com Luiz Carlos Sá, Fernando
Brant, Daniel Rondon, Fernando D`Andréa, Alexandre Lemos, Leandro Aguiari e
César Leite. A única regravação será o clássico “Vida Bela Vida”, de Guilherme
Rondon e Paulo Simões em um novo arranjo. Não vejo a hora de lançar este novo
CD que deve sair em abril de 2014. Tenho outros projetos já elaborados, mas meu
foco agora é o CD “Indomável” e a produção do novo show. Aproveito para
agradecer meus parceiros e apoiadores: Compensados Drabecki e Bravo Expeditions.
Qual é a sua opinião à
respeito do desconhecimento e erros gerais na mídia sobre o Estado do Mato
Grosso do Sul?
Acredito
que todo o problema de desconhecimento e erro tem dois princípios básicos, a
educação deficiente e o desinteresse na busca por informação relevante. A
informação está aí, nos livros, professores, internet ... mas as pessoas tem
que querer se informar e aprender. Não acho que esses erros são algo
direcionado ao MS, algo pessoal, entende? A falta de cultura e educação é um
problema brasileiro e por isso mesmo, atinge tudo, em todos os cantos do país.
Gabriel Sater no Show no Rio de Janeiro com a camiseta do I LOVE MS |
O que você acha da
proposta da marca "I Love MS". Uma marca preocupada em levar o nome
do Estado, informações e orgulhosa de ser sul-mato-grossense? Você usaria no seu dia a dia?
É muito
importante ter uma marca que estimule o orgulho e que se preocupe com os
valores da nossa terra. Eu uso um dos produtos da marca, um boné, que ganhei de
presente ano passado, num show no RJ.
Se pudesse definir o Mato
Grosso do Sul em uma palavra, qual seria?
Horizontes
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